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TV / EITA!

Taís Araújo relembra traumas nos bastidores de novela: "Abusivo"

Taís Araújo revelou detalhes das gravações da novela "Xica da Silva", de 1996. Na trama, ela vivia a personagem principal

CARAS Digital Publicado em 10/03/2023, às 06h53

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Taís Araújo - Foto: Reprodução/Instagram
Taís Araújo - Foto: Reprodução/Instagram

Xica da Silva foi a primeira personagem principal vivida por Taís Araújo (44) e apesar de ter sido um sucesso, a atriz revelou que os bastidores da produção foram traumatizantes.

Em entrevista para a revista Piauí, Taís relembrou que sua personagem era muito sexualizada, e ela uma adolescente de 17 anos e virgem, não se sentia confortável com tanta exposição.

“Eu era invisível na Barra da Tijuca, sequer beijei na boca de alguém do condomínio”, relembrou. Mas o pior, segundo ela, eram os abusos que sofria do diretor Walter Avancini (1935 - 2001).

“O Avancini era genial. Muito do que sei de comprometimento e disciplina, aprendi com ele. Mas era extremamente abusivo”, confessou.

No segundo dia de gravações, o diretor quase a fez desistir da novela, quando ele disse que ela era "a maior decepção da vida dele".

Walter pediu desculpas, mas a tensão continuou pois o diretor gostava de fazer isso para tirar uma atuação "mais visceral".

Mas, para ela, o pior momento foi quando ela fez 18 anos e diretor aproveitou para explorar o máximo a sua maioridade, vendendo fotos da atriz nua nos bastidores da novela.

“Ninguém me obrigou a fazer essas fotos, mas é claro que ali eu cedi às pressões”, revelou. A atriz chegou a mostrar seu descontentamento para o diretor, que debochou da situação.

Taís Araújo sobre fama de 'metida': "Tive que levantar meu nariz ou seria atropelada"

Taís Araújo revelou que precisou mudar seu comportamento para lidar com o racismo. A atriz contou que ouviu muitas vezes comentários de que era metida e confessou que sua postura é proposital.

"Escuto isso, sei lá, desde que saí da maternidade. As pessoas falam 'nossa, que garota metida'. Desde sempre! Na minha infância e adolescência, fatalmente tive que levantar meu nariz ou seria atropelada. Eu fui criada num lugar muito branco e muito de elite. Se eu não me impusesse, seria atropelada por todo mundo e não estava a fim de ser atropelada por ninguém", afirmou.