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Esporte / Futebol

Zico celebra pacata rotina com a esposa, filhos e 7 netos: "Tudo o que faço é pensando neles"

Em casa, o ex-jogador mantém as camisas que usou e as que ganhou de outros craques mundiais

CARAS Publicado em 12/06/2018, às 12h18 - Atualizado às 12h41

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Zico e Sandra - CADU PILOTTO
Zico e Sandra - CADU PILOTTO

Logo vê-se que é a casa de um ídolo. Enquanto uma sala inteira é ocupada com um número quase infinito de camisas de futebol, outra já não suporta mais a quantidade de taças, troféus e homenagens acumuladas ao longo da vitoriosa carreira. Mas ordem mesmo Arthur Antunes Coimbra, o Zico, só dá em campo.

Dentro da casa que ele construiu na Barra, Rio, e fez questão de plantar cada árvore do jardim, todas as atenções são voltadas para os netos — que não são poucos! “Tem o Felipe, de 10 anos; o Gabriel, de 8; o Antonio, de 8; o Arthur, de 7; a Alice, de 6; a Larissa, de 1; e o Davi, que nasceu dia 4 de fevereiro”, recita o avô coruja, sem vacilar.

“Não fui um bom pai. Admito. Sandra foi mãe e pai dos meus filhos. Vivia viajando a trabalho ou concentrado. Agora é diferente. Não trabalho em finais de semana por causa deles e tudo o que faço é pensando neles”, explica o jogador, casado há 42 anos com Sandra e pai de Arthur, Bruno e Thiago.

Maior ídolo da história do Flamengo, eleito pela FIFA o oitavo maior jogador do século XX e o maior artilheiro da história do Maracanã, com 335 gols em 435 partidas, Zico sempre chamou a atenção também por sua pacata vida pessoal. Até hoje é assim, além de brincar com os netos, o que gosta de fazer é... “Ver novelas”, conta, rindo. “Sandra também. Assistimos juntos”, explica. O hábito começou ainda em Quintino, zona norte do Rio, onde os dois moravam e onde aprenderam a viver mantendo sempre a simplicidade. “Conquistei muito mais do que imaginei. Muito mais! É claro que adoro poder proporcionar conforto para meus filhos, mas, com toda a honestidade do mundo, se tivesse que voltar para Quintino, eu e Sandra seríamos muito felizes. Nós temos muito mais do que esperávamos.”

Tem um único luxo que Zico não abre mão. Seu campo de futebol particular. “Aqui, a grama tem que ser impecável e tudo organizadíssimo. A casa vem depois”, brinca ele. O que, aliás, é brincadeira mesmo porque o que poucos sabem é que o jogador tem mania de limpeza. “Já tinha antes, aí fui morar no Japão... Só piorou!”, conta, referindo-se ao período em que atuou no Sumitomo Metals, de 1991 a 1994. “Aqui, se você entra no vestiário após um jogo, parece que passou um furacão. Lá, você toma até um susto. Não dá nem para acreditar que aconteceu um jogo. Claro que eu me adaptei bem!”, ri.

Além do futebol, Zico também tem investido em outras áreas. Ele acaba de lançar uma cerveja com seu nome, acessível aos que participam do clube de assinaturas ArtBeer, e está descobrindo as maravilhas da internet com um canal no YouTube. “É um admirável mundo novo. Estou me divertindo muito entrevistando amigos jogadores e batendo papo com esta nova tecnologia. Me sinto moderno”, diverte-se.