Durante uma entrevista exclusiva, Camilla Camargo celebrou sua participação no mais novo filme 'Intervenção'
Valentina Rosa Publicado em 23/08/2021, às 14h56 - Atualizado às 15h00
Camilla Camargo(35) não para de surpreender o púbico e já está com um trabalho engatilhado. Logo menos o público poderá vê-la no mais novo longa, Intervenção, que conta um pouco da realidade das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) no Rio de Janeiro.
No longa, a atriz interpreta a jornalista Luiza Bastos que tem como desafio lidar com os fatos diários que acontecem na relação das UPPs com a comunidade.
Para celebrar a estreia de mais um projeto que tem tudo para ser um sucesso, Camilla bateu um papo exclusivo com a CARAS Digital e falou do prazer de trabalhar no filme, a importância dele para a sociedade e é claro, dos desafios de interpretar um repórter nos tempos atuais.
O convite para fazer sua participação veio do produtor Cosimo, que já conhecia o trabalho dela: "Fiquei muito feliz e honrada com a oportunidade!". E apesar de ser uma pequena participação, ela revelou que amou trabalhar não só com o elenco estrelar. que inclui Marcos Palmeira (58), como também com toda a equipe: "Uma honra e um orgulho. Sempre os admirei muito e quando tive a oportunidade fiquei muito feliz! Eu só contracenei com o Marcos no filme, e foi um grande privilégio pra mim, o admiro a muito tempo."
Ela ainda confessou que sentiu o peso de interpretar uma jornalista, ainda mais em nos tempos atuais, onde a mídia é tão criticada: "Dar vida a personagem e mostrar a realidade dos repórteres que cobrem esse assunto foi um desafio. O trabalho na rua não é nada fácil… Repórteres vão para lugares que muitas vezes não sabem exatamente o que vão encontrar: se é realmente pacificado, com qual situação vão lidar. Imagina saber que vai ter que colocar um colete à prova de balas para trabalhar? Só me fez admirar mais."
"Todas as profissões têm que ser amadas, mas essa exige uma coragem extra. Já tinha respeito enorme e agora muito mais, acho que a grande maioria faz o possível pra ser imparcial e pesquisar a fundo a verdade, é um trabalho de extrema importância pro mundo.", continuou ela, revelando as maiores dificuldades de fazer a personagem: "Acho que o maior desafio foi trazer o tom certo pra personagem, sem fazer uma caracterização apenas do que a gente vê na TV."
Camilla seguiu o papo falando da importância de pautar o assunto das UPPs e seus conflitos: "Embora nem toda obra precise ter uma pegada documental e tenha liberdade ficcional, nesse caso muito foi de fato baseado na experiência de quem viveu aquela realidade, o Rodrigo Pimentel por exemplo tem muito conhecimento sobre o assunto e nos ajudou muito, visitei o BOPE e também pude conversar um pouco com algumas pessoas da comunidade de Tavares Bastos."
"Acho muito importante a gente dar voz pras comunidades e pro que elas estão achando, como se sentem mais protegidas, denunciar possíveis excessos, e depois de estudar sobre o tema sinto mais do que antes o quanto a polícia teria que ter direito a uma melhor preparação e também melhores salários.", prosseguiu ela.
Ela ainda reforçou que a arte tem o dever de abordar temas atuais: "A arte toca as pessoas de uma forma especial, em muitas vezes nos faz rir, chorar… Em filmes com temas atuais e às vezes difíceis nos faz sentir o nó na gargante, até certo incômodo, mas o fato é que nosso audiovisual reverbera em Cultura, amplia nosso espectro de visão, nos faz refletir. Trazer luz a temas cotidianos e atuais, pra mim, é um serviço pra toda população, mesmo não tendo necessariamente esse compromisso."
Por fim, Camilla falou o que espera da recepção do público para a estreia do filme que está prevista ainda para esse mês, no dia 26 de agosto: "Acredito que será um filme que fará com que as pessoas reflitam e acho essa reflexão muito importante, ainda mais nos tempos de hoje."
