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Viagem / Família

EXCLUSIVO em CARAS: O olhar de Thiago Lacerda sobre a vida

Na ilha ele fala sobre a vida, suas convicções e até mesmo das suas fragilidades

CARAS Publicado em 06/06/2018, às 14h21 - Atualizado às 14h38

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Thiago Lacerda - Cadu Pilotto
Thiago Lacerda - Cadu Pilotto

Um ator, ou melhor, um contador de histórias, como gosta de ser chamado, que carrega o título de galã e o sonho de só sair de casa para projetos especiais como o espetáculo William Shakespeare (1564–1616), no teatro, e Orgulho e Paixão, na TV.                                                 

 Este é Thiago Lacerda, versão 40 anos, 21 de carreira, mais maduro e menos acelerado. “Vivia em uma velocidade. Mudou com as crianças e a idade. Enxergo a vida de uma forma simples, em simbiose com a natureza. Cada vez mais, menos é mais”, afirma o pai de Gael, Cora e Pilar, do casamento de 17 anos com a atriz Vanessa Lóes.

Na Ilha de CARAS, este homenzarrão de 1m93 fala com orgulho da trajetória e não tem pudor em assumir suas ditas “fragilidades”. “Fiquei menos corajoso — um pouquinho, vai — com o nascimento deles. Antes era meio imortal”, brinca.

– Como vê suas escolhas?

– No auge da crise dos 40. (risos) Tenho orgulho delas. Fiz coisas que me deram muito prazer como o Matteo, o Garibaldi, Hamlet, Jesus Cristo... E na minha vida pessoal também.

– O que a idade trouxe de bom e o que tirou?

– Tira o tempo da gente. Por outro lado, também fico atento aos detalhes. Valorizo cada segundo.

– O título de galã incomoda?

– Nunca. Era jovem quando comecei, bonito. Natural que algum tipo de rótulo viesse. Mas o que me interessa é contar histórias.

– Se vê mais velho como Tarcísio Meira, seu pai na ficção, em Orgulho e Paixão?

– As pessoas sempre fizeram essa associação. Fico orgulhoso porque lidamos com o nosso ofício da mesma maneira. Mas quem é parecido com o Tarcísio é o Tarcisinho! Outro dia liguei para o Tarcisinho e falei que ia reivindicar a herança. (risos)

– Com a estabilidade profissional, você acabou ficando mais seletivo?

– Cada vez mais. Até porque vamos perdendo aquela energia juvenil que se tem aos 20. Tenho vontade de conseguir fazer as minhas escolhas baseadas nos meus personagens e não nas oportunidades que a vida oferece.

– Você se planeja para que isso aconteça?

– Sim. Ainda quero atuar em uma ou duas peças de Shakespeare. A minha trajetória no cinema é mais misteriosa. Não sei bem como as coisas aconteceram ou não aconteceram. A verdade é que hoje tenho prazer em costurar a minha relação da TV com o teatro. E nesse meio do caminho ter tempo com a família.

– O que mudou em você com a chegada dos três filhos?

– Eles me ensinaram a amar, a respeitar as individualidades. Somos mais egocêntricos antes de ter as crianças.

– Pensa em ter mais?

– Não é um plano da Vanessa e nem meu. Acho que sobre este assunto as coisas já se acalmaram. Andamos bem animados em uma época aí. (risos)

– Sempre foi muito reservado?

– Nunca dividi o espaço do trabalho em casa. Nunca dividi com as pessoas da minha convivência íntima os meus dilemas, as minhas decisões. Eu sou muito solitário neste aspecto. Sempre achei que separar de forma definitiva a minha vida pessoal da profissional era um valor.

– Sendo um contador de histórias, como contaria a sua?

– Um cara que veio não se sabe de onde e se apaixonou por uma indicação da vida. Que trabalhou muito e fez o melhor possível. Sobre a vida pessoal, pergunta para a minha mulher e para os meus filhos. Qualquer coisa que eu diga pode ser propaganda enganosa.