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Renata Bueno fala dos desafios de ser a primeira brasileira eleita deputada no parlamento italiano

Renata não acredita em preconceitos: 'É positivo ser mulher, afinal, é uma novidade e é isso que representa a mudança'

CARAS Publicado em 09/01/2014, às 17h07 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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Renata Bueno - Victo R Sokolowicz
Renata Bueno - Victo R Sokolowicz

Há tempos, a presença feminina no universo político deixou de ser sinônimo de exceção. Dilma Rousseff (66), presidente do Brasil, Angela Merkel (59), chanceler da Alemanha, e a récem-reeleita presidente do Chile, Michelle Bachelet (62), são provas dessa tendência mundial. A exemplo delas, quem promete fazer diferença na sociedade é Renata Bueno (34). Apaixonada por política desde criança — por influência do pai, o deputado federal Rubens Bueno (65) —, a brasiliense iniciou trajetória com apenas 16 anos, como militante partidária. Após concluir curso de Direito, mudou-se para Itália para aprimorar seus conhecimentos na área, onde continuou militando e criou fortes laços políticos. Voltou para o Brasil e, em 2008, foi eleita vereadora em Curitiba. Após o término do mandato, ela deixou o amor pelo velho continente falar  mais alto. Confiante, regressou à Itália e conquistou feito inédito: é a primeira brasileira a ocupar o posto de deputada no Parlamento Italiano. “Tenho cidadania italiana e sempre tive o país no coração. Com os anos, o amor pela cultura da Itália se fortaleceu e tudo se desenvolveu com naturalidade. Recebi o convite para ser candidata e fui eleita em 2013 com mais de 20 000 votos”, orgulha-se ela, que representa com equilíbrio a voz do Brasil e da América Latina no congresso.

Determinada, Renata não acredita em preconceitos. “É positivo ser mulher, afinal, é uma novidade e é isso que representa a mudança. 30% do Parlamento Italiano é de mulheres e me sinto honrada por fazer parte desta porcentagem”, destaca ela, radicada em Roma. “A carreira internacional parecia distante, mas encarei esse desafio. A Itália tem a prerrogativa de eleger ítalo-descendentes para participar do seusistema de governo”, explica Renata, que traça paralelo entre os dois países. “A população aqui é  mais politizada, mas, assim como no Brasil, falta se pensar em uma sociedademais voltada ao bem comum e menos individualista”, diz ela. Para conduzir o mandato com maestria, Renata precisa driblar a saudade. “Não é fácil ficar longe da família e dos amigos”, aponta ela, que está solteira. “O entusiasmo do primeiro ano de mandato fez com que eu me dedicasse somente à política. Confesso que, infelizmente, a vida pessoal foi deixada de lado, mas pretendo recuperar tudo este ano”, garante a determinada Renata.